Na semana passada fizemos uma live sobre ferramentas que irão te ajudar a valorizar o seu atendimento nutricional e neste mês, nossa newsletter tem o intuito de auxiliar você a estruturar seu atendimento.
Preparamos um exemplo de Roteiro de Atendimento Nutricional para você. Clique no botão abaixo para fazer o download.
Sabemos que uma avaliação nutricional bem feita é primordial para um diagnóstico nutricional adequado e nos orienta quanto aos objetivos da consulta e as intervenções que devem ser priorizadas.
Para termos mais tempo durante a consulta e conhecermos o paciente antes mesmo dele chegar no consultório, envie um questionário pré-consulta para que ele responda até 1 dia antes do encontro de vocês.
Neste questionário pré-consulta pergunte os dados pessoais, motivo que ele procurou o nutricionista, medicamentos utilizados e peça a ele para preencher sua rotina alimentar do dia anterior e envie os exames bioquímicos e de imagem caso ele tenha.
No dia da consulta você chegará para atendê-lo mais preparado e poderá explorar bem a avaliação nutricional.
Para uma boa avaliação valorize a história clínica dele:
Presença ou não de doença;
Qualidade do sono;
Se pratica atividade física ou não, qual a frequência e intensidade;
Conheça o nível de estresse e ansiedade dele;
História familiar (pais, mães e irmãos possuem alguma doença)?
Quais as principais queixas (avalie sintomas gastrointestinais, engajamento com a vida, disposição);
Como ele acha que seu trabalho pode ajuda-lo? (Nesta pergunta conseguimos perceber a expectativa dele em relação ao seu trabalho e é um ótimo momento para deixar claro quais as responsabilidades de cada um nesse processo.)
Avaliação antropométrica – (se você trabalha com o público que tem transtorno alimentar, avalie a necessidade ou não desta etapa)
Faça avaliação e classificação do IMC, realize medidas que avaliam a distribuição corporal e risco metabólico (circunferência da cintura, relação cintura quadril, circunferência do pescoço), realize exames que avaliem a composição corporal (pregas cutâneas ou bioimpedância).
Avaliação dietética – explore a avaliação dietética (registro alimentar de 3 dias, recordatório de 24 horas), explore as questões que você teve dúvida no questionário pré-consulta. Pergunte as emoções dele após cada refeição (onde come, como come e porque come?), entenda os gatilhos para a ingestão de alimentos ou compulsão (caso haja). Faça associação entre as principais queixas e a deficiência ou excesso de nutrientes.
Exames bioquímicos – faça análise dos exames bioquímicos e solicite novos caso haja necessidade. Avalie a necessidade de exames complementares como o exame de colproscopia funcional ou caso queira avaliar mais especificamente a microbiota, solicite o teste do microbioma.
Defina o diagnóstico nutricional a partir da análise de todos os itens acima.
Trace junto com ele qual será o foco (objetivo) da consulta
Prescrição dietética – calcule as necessidades energéticas e proteicas basicamente e pensando na doença apresentada (caso tenha), e na avaliação dietética, quais nutrientes você deve dar atenção. Realize a prescrição junto com ele e sempre pergunte se é possível introduzir ou reduzir determinado alimento, dê opções de receitas, de substituição de alimentos, trabalhe os grupos de alimentos.
Metas dietéticas – Outra opção que temos é trabalhar com metas dietéticas ao invés da prescrição. Para estabelecer metas, relembre a ele qual o foco da consulta que vocês estabeleceram juntos, como irão alcançar este objetivo (trace 3 metas não mais que isso!), ajude-o a pensar em obstáculos para realizar as metas e como ele irá contornar as dificuldades.
Ao final da consulta pergunte a ele o quão ele se sente motivado para realizar essas mudanças (de 0 a 10).
Finalize a consulta deixando claro para ele que você confia na capacidade de mudança e se posicione como um instrumento para este processo de mudança e não como uma pessoa que julga.
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